Os sensíveis sofrem mais, mas amam mais e sonham mais.



quinta-feira, 29 de novembro de 2012

olhar fotografico voltado pra voce

Que Deus te abençoe considerando os desejos do seu coração, seus planos, os sonhos de agora e aqueles que nem lembra mais que existem em algum cantinho em você. 

Que consiga se sentir leve e cheio de paz, independente das circunstâncias, que goste cada dia mais de você, de viver, de se conhecer e de tratar de ser feliz, mesmo que seja feliz por nada!

Que o seu "olhar fotográfico" se volte um pouquinho pra vc e mire as belezas de ser quem você é! 

Aline kolbe

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

De uma amiga que lembrou do meu aniversario

A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, 
somente uma época na vida de cada pessoa 
em que é possível sonhar e fazer planos 
e ter energia bastante para realizá-las 
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos. 

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente 
e desfrutar tudo com toda intensidade 
sem medo, nem culpa de sentir prazer. 

Fase dourada em que a gente pode criar 
e recriar a vida, 
a nossa própria imagem e semelhança 
e vestir-se com todas as cores 
e experimentar todos os sabores 
e entregar-se a todos os amores 
sem preconceito nem pudor. 

Tempo de entusiasmo e coragem 
em que todo o desafio é mais um convite à luta 
que a gente enfrenta com toda disposição 
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, 
e quantas vezes for preciso. 

Essa idade tão fugaz na vida da gente 
chama-se PRESENTE 
e tem a duração do instante que passa

Luciliane Eurich

domingo, 25 de novembro de 2012

Comecei a ler um livro e em questão de dois capítulos já tinha colecionado algumas palavras que não conhecia.
Gosto de grafá-las e depois pesquisar seu significado no dicionário.

Entiotar - manusear tecido para fazer roupa, a melhor roupa; bem vestido
Debacle - desordem, ruína, desastre financeiro
Vidro Bizotê - vidro com corte chanfrado nas extremidades
Feérica - que pertence ao mundo das fadas
Píncaro - cume, pico, o máximo que alguém pode chegar
Arabesco - combinação de formas geométricas associadas à plantas
Farnel -  lanche, marmita
Pernóstico - petulante, pretencioso
Mordaz - ácido, agudo, áspero
Ciosa - zeloso, cuidador
Espicaçar - ferir com o bico, no sentido de estimular, provocar
Farfalhante - que produz som como o vento em folhas
Taifeiros - graduação militar antigo e superior a soldado
lívida - pálido, indefinido.

Aí imaginei o seguinte texto:

Numa noite fria e chuvosa, pela calçada molhada
Andava espicaçando o farfalhar de folhas caídas
observando arabescos nas casas
com janelas de vidro bizotê, por onde via
mulheres lívidas, entiotando e conversando
ou homens fumando  e comentando o debacle nacional
Ainda no chão mais ao lado,
crianças brincando feéricas
com um farnel ao lado,
A vó, ciosa, como sempre
trazia um chá para todos
com deliciosa torta de maçã
curtindo a foto do neto taifeiro ausente...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Tempo

Minha vida insiste em fazer com que eu ande.
E andando, olhei para o alto e perguntei: "Afinal, o que é o tempo?"

Só ouvi o silêncio. Nenhuma resposta!

Há 46 anos faço esta pergunta e a cada caminho que me vem a frente para andar só escuto o silêncio.

Certo dia, parei, cruzei os braços e decidi continuar só depois de ouvir alguma resposta: O que é o tempo?
Para minha surpresa, ouvi um som atrás de mim, como o esmagar de umas sementes secas no chão.. Era uma senhora, muito idosa que caminhava lentamente com o auxílio de um andador.
Tossiu intencionalmente para que eu a percebesse e saísse de sua frente. Me postei de lado e a observei seus lentos e cuidadosos movimentos. Ela levantou uma mão meio que reprovando o fato de eu ficar ali parado atrapalhando seu caminho.
Em sentido contrário, de encontro, uma babá brancamente uniformizada, empurrava um carrinho de bebê muito bem equipado, falava ao celular e carregava a tiracolo uma sacola de lona que dizia:
"Para sempre é muito tempo, mas não tanto quanto foi ontem.."

(continua)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

sopa de garfo não dá

Quando algo de fato termina?

Há coisas que se perdem com o tempo
Outras que nunca acabam
Há as que levam muito tempo para terminar
E há as que insistem em ficar

Quanto mais creio ter o controle, mais perdido fico...
O que quero receber, se vai...
O que tento evitar, quando vejo, já está em minha sala
Sentado, olhando pra mim como que pedindo algo...

O que penso que seria o ideal pra mim,
logo deixo de lado considerando-o  impossível..
Quando recebo uma visita que tanto queria recebeer
Estou despreparado e sou pego de surpresa...

Quando me preparo enfim para receber
Alguém que espero há muito,
Eis que não vem, não aparece
Não dá recado e depois manda mensagem perguntando:
"Tudo bem?"


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

qual a montanha certa


Trilhei caminhos, atravessei rios, removi pedras, como bom mateiro abri clarões, venci obstáculos, recuei e desviei mas sempre segui adiante, subi, o tempo passou e cheguei finalmente ao topo da montanha sem jamais desistir ou deixar de confiar.

Olhei ao redor, e vi que tinha escalado a montanha errada...

sábado, 10 de novembro de 2012

Sem filas


Precisei de serviço público para renovação de minha carteira de motorista e me dirigi então a um lugar chamado "Poupatempo" do governo estadual.

Embora não tenha sido a primeira vez que pisei naquele lugar, me surpreendi com o rápido e bom atendimento que o cidadão recebe ali. Comigo não foi diferente.
Enquanto aguardava sentado em um banco desses de ripas de madeira, charmoso até, para ser atendido, olhava à minha frente um batalhão de atendentes, uns 15 naquele setor, todos uniformizados, com um lenço vermelho para as mulheres contrastando com o branco da camisa e o preto do vestido, com seu monitor e teclado postos à baia. 

Todas as mulheres absolutamente vaidosas, com acessórios pelo corpo desde colares e pulseiras até piercings discretos nas mais radicais. Mas todas belas. Pude observar apenas um homem numa baia. Havia muitos outros trabalhando numa correria por trás dos atendentes, pra lá e pra cá.

Fiquei imaginando qual chamaria minha senha para ser atendido. Se eu pudesse escolher qual seria? A mais bonita? A mais simpática? O homem? Fiquei prestando atenção para tentar descobrir qual seria. 

Havia uma com traços fortes no rosto, sobrancelhas feitas bem definidas e alinhadas, longos cabelos pretos, batom, olhos negros, grandes e muito redondos. Seu sorriso era fácil e marcante. Conversava com o cidadão atendido e com suas colegas dos dois lados praticamente ao mesmo tempo. Era a mais bonita de fato. 

Havia também uma mulher visivelmente cansada, parecia carregar em seu semblante muitas coisas para resolver. Pensando no filho que tem que buscar, ou que tem que passar na casa de sua mãe, talvez o filho já esteja lá esperando, ou seu corpo estivesse mesmo dando sinais de que era hora de descansar. Ainda assim sorria e tirava as dúvidas do senhor que estava sendo atendido. Era do tipo super mulher, certamente cuidava de tudo.

Mas talvez fosse atendido pelo homem, um senhor com certa idade, linhas na testa, olheiras e muito quieto, sequer olhava para o cidadão que era atendido. Talvez faça esse serviço já bons anos.

Vi uma outra atendente, de cabelos médios, loiros naturais, não tinha mais que 22 anos, com pelo menos umas 5 pulseiras barulhentas em cada braço, com unhas que pareciam mais impressas do que pintadas, tal era a perfeição do desenho nelas. Falava pelos cotovelos, batom cor-de-rosa, rímel, tatuagem de uma borboleta ao lado do pescoço e brincos de argola que batiam em suas saboneteiras. Olhava para tudo e para todos o tempo todo. Me flagrou olhando-a. Rapidamente o seu olhar passou por cima de mim como se estivesse procurando alguém mais atrás na minha direção. 

Ao seu lado, uma que mais parecia diretora de escola, daquelas bravas, de poucos amigos, muito responsável e de fala clara e objetiva, se esforçava para ficar bonita mas talvez precisasse de alguma orientação e parecia que tinha de fato poucas amigas ali no trabalho, ali não obteria ajuda ou ninguém arriscava dar palpite, dava pra entender. Poderia ser atendido por qualquer um, menos por ela, pensei. 

Um som forte, meio surdo, abafado e repetido, gritava de alguma parede insistentemente quando fui tocado nos ombros por um senhor que me disse: "Não é o seu número?"

domingo, 4 de novembro de 2012

por que escrevemos


Há de haver quem escreva um texto leve, atraente, que fale de coisas que interessam e de coisas que precisam ser escritas...
E o que precisa ser escrito? Tudo, absolutamente tudo!
Só assim quem lê, poderá desenvolver a habilidade de avaliar, medir, comparar, julgar e separar o que é bom do que não é bom, o útil do que não serve.
Só assim quem lê poderá desenvolver, ampliar, imaginar, criar, acompanhar um outro universo proposto por alguém e descobrir possibilidades viáveis ou não.
E não há idade certa para escrever...
E quando se deve ler? Sempre, assim como se deve escrever sempre, e talvez não seja um texto ruim ou inútil mas de outro tempo, um tempo que já será passado ou um tempo que ainda há de vir.
Como saber? Escrevendo!
Se não, o que os pequenos de hoje irão ler amanhã?