Os sensíveis sofrem mais, mas amam mais e sonham mais.



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

um café ao cair da tarde


Queria estar agora, nesse exato momento
sentado à uma mesa de um bar qualquer,
do lado de fora, nessas mesas que ficam à calçada
com um bom café daqueles desenhado pela espuma do leite

E observar o movimento das pessoas
dos carros, dos pombos na esquina
das crianças no parque do outro lado
ver o céu mudar de cor, intercalando com o branco das nuvens
para lembrar que, como elas, voce passou
e deixou imagens incríveis que são como flash na minha memória

Queria estar vestido com uma calça
que combine com o calçadão da rua, 
com uma blusa que dialogue com as pedras
que geometricamente formam o leito da rua 
e o barulho das rodas dos carros sobre elas
possam soar como música,
com um cachecol xadrez
como o emaranhado de fios presos ao poste
e um cinto que fosse tal qual
o filete de água que corre pela sarjeta
carregando como um barquinho,
um pedaço de papel amassado
descendo rua abaixo
nesse papel talvez estivesse
descrita a nossa história...

Ficaria pensando nas coisas boas
que arrancariam uma lágrima
e confortaria minha solidão
com as lembranças ruins
Mas no final, concluiria
que tudo valeu a pena
viver ao teu lado valeu
como cada pedra naquela rua
como a cor do céu mudando
como um outro caminho que surge
como o sol que precisa ir pra lua chegar...

domingo, 23 de setembro de 2012

Possibilidades


Possibilidades!
Sempre há... 
Se são realizáveis é outra história.

Voltar atrás é uma possibilidade..
fazer vista-grossa é também uma possibilidade...
abandonar tudo por uma boa e singular causa..
Largar princípios e quebrar verdades absolutas...
Experimentar o inusitado, abraçar o caos, são possibilidades.

Seguir só acreditando no que aprendeu...
caminhar esperando o melhor
colhendo pelo caminho frutas estragadas
bebendo o amargo mas esperando o doce
Por acreditar no que te ensinaram a acreditar
é uma possibilidade, apenas uma...

Sentar sobre uma rocha e olhar o horizonte,
nada a decidir e tudo a esperar,
não escolher caminhos ou alternativas 
não olhar para frente nem para trás...
É uma possibilidade olhar à sua volta
e observar o belo nos detalhes

Sentir a garoa refrescar seu rosto
molhar e gelar a pele, seus lábios,
Não vestir o agasalho e deixar o frio te cortar
Sentir prazer na dor é uma possibilidade.

Solidão, comunhão, agito, solidariedade
Amizade, carreira, saúde
companhia, gentileza, sonho
encanto, desencanto, recomeço
arte, imperfeição, caminho...

Fazer terapia, um copo no bar,
uma roda de amigos, sem se comparar...
Celebrar a vida, sem melancolia
sem drama ou comédia
A vida é um teatro
onde você dirige 
Afinal, são apenas possibilidades...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

 Saí para encontrar e conhecer a nascente de um rio (Tietê)

 No caminho, encontrei tanta coisa bonita que a natureza proporciona

 que parei em cada lugar para fotografar os momentos únicos

 contrastes e lugares que pararam no tempo

praticamente intocados

e momentos que jamais irão se repetir, apenas serão novos momentos para quem for conferir

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

momento


Pedro Abrunhosa

Uma espécie de céu, um pedaço de mar
Uma mão que doeu, um dia devagar
Um domingo perfeito, uma toalha no chão
Um caminho cansado, um traço de avião
Uma sombra sozinha, uma luz inquieta
Um desvio na rua, uma voz de poeta
Uma garrafa vazia, um cinzeiro apagado
Um hotel na esquina, um sono acordado
Um secreto adeus, um café a fechar
Um aviso na porta, um bilhete no ar
Uma praça aberta, uma rua perdida
Uma noite encantada, para o resto da vida
Pedes-me um momento, agarras as palavras
Escondes-te no tempo, porque o tempo tem asas
Levas a cidade, solta-me o cabelo
Perdes-te comigo, porque o mundo é o momento
Uma estrela infinita, um anúncio discreto 
Uma curva fechada, um poema deserto
Uma cidade distante, um vestido molhado
Uma chuva divina, um desejo apertado
Uma noite esquecida, uma praia qualquer
Um suspiro em segredo, uma duna ancorada
Dois corpos despidos, abraçados no nada
Uma estrela cadente, um olhar que se afasta
Um choro escondido, quando um beijo não basta
Um semáforo aberto, um adeus para sempre
Uma ferida que dói, não por fora por dentro...


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

caminhando sem ver o horizonte... mas caminhando


Muito antes de ter comprado uma máquina fotográfica eu já havia imaginado esta cena... 
6 meses depois de adquirir um modelo canon, me deparei com ela. mas sem imaginar quão legal ficou o produto final, na minha opinião, claro, mas era exatamente essa a ideia que eu tinha na cabeça e não achei o que eu queria em imagens no sítio de busca. Agora consegui num caminho que eu fazia rumo à Paranapiacaba grande São Paulo... 
É a ideia de que eu caminho sem ver muito bem o horizonte... mas caminho...