Tem coisas que eu observo e não dá pra deixar de compartilhar. Eu vinha me incomodando com um fato que ocorre aos sábados e domingos numa estação terminal de metrô: Nestes dias de "menor" movimento, (e em São Paulo temos que colocar entre haspas), a estação terminal fecha uma de suas duas plataformas para operar apenas com a outra ao lado, por motivos que não importam no momento.
O que me chamou a atenção desde o início, foi que, mesmo não sendo usada esta lateral da plataforma, suas escadas rolantes ficam funcionando e em sentido oposto, isto é, como se prestasse serviço apenas para subir. Um gasto desnecessário de energia segundo minha ignorância no assunto e, ainda assim, estranhamente elas funcionam de forma invertida, pois se todos, usuários e funcionários se encontram no mezzanino e ninguém lá embaixo, por que estas escadas ficam funcionando e apenas para subir???
Bem, pude constatar o porquê e o que eu relato a partir de agora, um funcionário da estação disse que faz parte do cotidiano presenciar o ocorrido, praticamente a todo o momento isto acontece e as escadas invertidas em funcionamento podem servir até de segurança para quem tem outros problemas mais importantes para enxergar do que o próximo passo a dar. Imediatamente após o bloqueio, popularmente chamado de catraca, há biombos indicando em qual lado está sendo realizado o embarque. Além disso, há também cinturões, como aqueles que organizam filas únicas em bancos, impedindo que usuários se dirijam para o lado desativado. Pois não é que eu presenciei um senhor com sua (provável) neta, portadora da síndrome de down, ignorando os biombos, se espremendo entre a parede e o cinturão ali colocado e se dirigindo afobadamente para a plataforma desativada, puxando a menina, que já observava que algo havia de errado neste percurso, ignorando os meus gritos de "é do outro lado senhor"!! Ele só parou quando, ao chegar nas escadas rolantes observou então, que havia vida e movimento ao seu redor , ao menos o das escadas rolantes, as duas, que estavam em movimento contrário, isto é, subindo, o que o impediu de continuar sua caminhada atrapalhada. Aí ele se deu conta de tudo, e nem preciso dizer o resto.
Outro dia, nesta mesma semana que passou, estava no banheiro de um shopping center, quando uma mulher entrou, esbarrou em meu braço, e continuou a perseguir seu objetivo que era o de sentar num vaso sanitário e só parou quando alguém gritou: "o banheiro é masculino senhora!!" Ela deu um grito de susto e saiu correndo se desculpando. Ou ela estava em uma situação de aperto fisiológico incontrolável, ou eu não parecia um homem ali para ela!!!