Os sensíveis sofrem mais, mas amam mais e sonham mais.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Quando abracei a Lua


Sabe aqueles dias em que a lua
se basta e ilumina todo o caminho?
Quando na rua há a sombra
do guarda na bicicleta
trilando seu apito
sob uma capa e um quepe?

Quando o casal passa apressado e abraçado
o bar abaixando a barulhenta porta rolante
um gato atravessa a rua e no final resolve voltar?
Quando numa casa apenas uma luz
fraca sai pela janela
por entre uma cortina branca fina
que reproduz uma silhueta delgada
de alguém que por uma fresta
observa a linda lua?

Quando já é alta a madrugada
o calor absorvido pelo chão
cede ao frio trazido pela brisa
E o ruído da cidade grande adormece
E os sons menores aparecem?

Sabe quando uma neblina intensa se forma
E te abraça deixando ver apenas o necessário
E a lua se retrai agradecida pelo seu abraço?
Quando é hora de se recolher
para um repouso necessário
Certo de que o dia foi uma taça plena?

Hoje abracei a Lua!