Afinal, não aceito que estes "eleitos" empanturrados de dinheiro sejam os legítimos representantes de meu país. Eles não vivem à beira de um rio, nem ficam à espera de um atendimento em um posto de saúde. Ainda que tenham vindo da pobreza, parece que agora o futebol, que os tirou de lá, é apenas um bater de ponto como um outro emprego qualquer.
Só que é um emprego milionário, que não exige estudos, idiomas, experiência ou estágio prévio.
Além disso, o torneio nada mais é do que um evento privado, de uma empresa privada que escolhe os protagonistas que bem quer e tenta iludir um povo cansado de promessas, de enganos, engodos, que já não acredita mais em mágicas e espetáculos.
Não me venham com essa de que ESSE é o time do Brasil, do meu Brasil, meu país, que usam e abusam em benefício de poucos, em prejuízo de muitos.
O meu Brasil é aquele do maratonista solitário, que carrega na mão uma bandeira amarrotada, acreditando que um dia ele poderá flamular numa chegada.
O meu Brasil é aquele daqueles jovens vencedores do prêmio nas olimpíadas tecnológicas da Microsoft.
O meu Brasil é aquele daqueles que levantam cedo e suportam todo o péssimo serviço prestado pelos governantes, pagos com altos impostos.
O meu Brasil é aquele de Teresópolis.
O meu Brasil é aquele de Teresópolis.