Mas o que me surpreendeu foi o big Mac, que não é tão big assim. Cadê aquela salada que caía na caixinha do sanduíche? E o picles?..... o pão cabe na palma da minha mão! E a loja classificada como rede fast food não é tão fast assim.
Entrei numa loja grande achando que era um supermercado pelo tamanho, mas quando me dei conta era uma pet-shop com carrinho pra cachorro!!! Saí correndo, afinal eu era o estranho lá, só faltava uma placa na entrada: proibido humanos sem coleira e focinheira!
Achei um mercado e vi que o chocolate diminuiu de peso, o rolo de papel higiênico tem uma metragem menor (dá pra acreditar?? Enganam a gente até quando... bom deixa pra lá!)...
Muita coisa mudou mesmo. Caminhei calmamente pela avenida e entrei numa loja que vende absolutamente de tudo. Na verdade é uma loja de não sei o quê, porque o que você imagina, lá tem. Seria uma loja de artigos para casa? Artigos para construção civil? Papelaria? Materiais elétricos, escolares, informática.. Enfim, tem de tudo. Inclusive uma caneta bonita, prateada com uma haste lateral que ao puxar sai um papel com, acredite, uma cola da tabuada! Isso mesmo! A caneta traz uma cola para o aluno. Ele não precisa mais estudar tabuada.
Segui um pouco mais adiante e passei em frente a um salão que dizia: “cabeleireiro – química geral” o que era aquilo? Química geral? Seriam cientistas inventando fórmulas? Saudades do velho salão de barbearia com o radio ligado na mesma estação de sempre trazendo as noticias de Brasília. Mas não era o repórter Esso... eu não era desse tempo.
É, no meu tempo, o big Mac era maior, tinha mais salada, química era química, cabeleireiro era cabeleireiro, meu cachorro não ia a supermercado e as canetas não traziam cola.
Até no farol eu pude ver um pedinte! Normal? Esse era japonês!!
