O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia
Ouvi esta música cantada por Chico Buarque, e imaginei que tem mesmo tudo a ver, a letra com o Chico, afinal, quem não conhece a luta do compositor contra a repressão e a censura, durante a ditadura, épocas tão difíceis? Calculei que essa canção ocorrera na década de 70 e, ao buscar precisamente o ano, me surpreendi com a informação sobre o verdadeiro autor: NOEL ROSA!
Ora, Noel Rosa nasceu em Vila Isabel em 1910!! E esta canção, me remeteu a uma profunda reflexão que gostaria não de expô-la, mas de desenvolvê-la com vocês. Noel Rosa você é mais atual que o Latino!